sexta-feira, 25 de junho de 2010

Nova Zelândia...

Passagem aérea encarece o custo, mas país é encantador

Da redação
Em São Paulo

AFP

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Alpinistas participam da Eco-Challenge, competição de aventura do país

As razões que levam um estudante brasileiro a optar pela Nova Zelândia são semelhantes às da Austrália: clima tropical, esportes radicais, hospitalidade da população e baixo valor do câmbio do país em relação ao real. Além disso, obter um visto de entrada no país não exige tantos pré-requisitos como em outros destinos.

Segundo a embaixada, cerca de 1.500 estudantes brasileiros embarcaram para Nova Zelândia em 2006. Desde 2001, o país vem registrando crescimentos de aproximadamente 20%, ao ano, no recebimento de alunos do Brasil. A expectativa da embaixada para esse ano é manter esse índice e alcançar o número de 2.000 intercambistas.

Mesmo com o aumento, o país ainda está muito longe de atingir as médias da Austrália, que atraiu cerca de 10 mil brasileiros, em 2006. Para o diretor de finanças da Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association) -associação de agencias de intercâmbio-, César Bastos, o preço da passagem área encarece o custo da viagem dos estudantes que optam pela Nova Zelândia. "Esse é o principal diferencial entre os dois países. E o custo pesa bastante na hora da escolha do destino", afirma.

Na Nova Zelândia a procura é maior por cursos de inglês. No entanto, observa-se um número crescente de estrangeiros cursando o ensino médio no país. Há, ainda, muitos programas de intercâmbio que mesclam cursos de idiomas com a pratica de esportes de aventura -esqui, snow board, golfe, biking e rafting. Essa é uma opção bastante atraente para os estudantes de 16 a 25 anos.

Respeitadas internacionalmente por seu desempenho acadêmico e de pesquisa, as oito universidades federais neozelandesas oferecem cursos de graduação e pós-graduação nas mais variadas áreas do conhecimento. As áreas que mais se destacam no país são agronomia, agricultura, medicina veterinária, ciências ambientais e turismo.

Para estudar na Nova Zelândia por um período superior a três meses, é necessário obter o visto de estudante. Com o documento, estrangeiros podem trabalhar até 20 horas semanais no país, desde que matriculados em cursos de Inglês (com um resultado IELTS de pelo menos 5.0) -com duração de pelo menos seis meses- ou em cursos de duração de dois anos.

Riquezas neozelandesas
Com uma população de cerca de cinco milhões de habitantes, a escolha representa também uma oportunidade de vivenciar um estilo de vida bem tranqüilo e em contato com a natureza, já que o país preserva um número enorme de parques nacionais, com fauna rica em espécies de marsupiais, focas, pingüins e pássaros.

As cidades mais populosas do país são a capital Wellington e Auckland, ambas na ilha norte. Auckland tem um milhão de habitantes, abriga um porto e sua geografia favorece a prática de esportes radicais aquáticos. Por ser o maior centro do país, Auckland é também a preferida de muitos estudantes estrangeiros. Repleta de construções verticais, a cidade abriga o maior edifício do hemisfério sul, de onde é possível pular de bungee jump.

A consciência ecológica está presente em todas as esferas da cultura da população do país, e o visitante pode notar isto já na rígida fiscalização feita no aeroporto. É proibida a entrada de qualquer semente, planta ou alimento de origem animal, que são detectados com equipamentos de alta tecnologia. O objetivo é evitar interferências em seu equilibrado ecossistema.

Os neozelandeses são conhecidos como kiwis, mas isso nada tem a ver com a fruta de mesmo nome. A origem da nomenclatura está numa ave que já foi muito comum na ilha e hoje pode ser encontrada em alguns parques.

A cultura maori é outro aspecto da história do país que deve ser conhecido pelos estudantes. Para se deslocar, por terra, da ilha norte para a ilha sul, deve-se passar necessariamente por Wellington, a capital do país, que abriga um grande museu com a cultura maori, restaurantes e cafés alternativos, além do porto de onde se embarca para o sul. A viagem dura cerca de três horas.

Enquanto as paisagens da ilha norte são mais vulcânicas, com lagos, crateras no solo e "piscinas de lama" (mud pools), ao sul a natureza é mais exuberante com florestas tropicais, belas praias e montanhas. Ao norte as cidades mais importantes são Auckland, Wellington, Rotorua e Hamilton, e ao sul, Nelson, Queenstown, Te Anau e Dunedin. Todas valem uma visita.