terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Brasil...ascensão para 6ª economia

Ascensão para 6ª economia foi 'presente de Natal' para Dilma, diz jornal

A notícia de que o Brasil superou a Grã-Bretanha e agora seria a sexta maior economia do mundo ''foi o melhor presente de Natal com o qual poderia ter sonhado o governo Dilma Rousseff'', de acordo com o jornal argentino "La Nación".

A ascensão brasileira foi registrada em um relatório divulgado na segunda-feira pelo instituto de pesquisas britânico Center for Economic and Business Research (CEBR).

Mas o diário destacou ainda que o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, ''celebrou com cautela...e ressaltou que o Brasil ainda tem muita estrada pela frente para alcançar o nível de vida da União Europeia''.

Mantega comentou os resultados do ranking divulgado pelo CEBR e afirmou que os brasileiros só virão a ter um padrão de vida semelhante ao europeu dentro de 10 a 20 anos.

Hexacampeão
De acordo com o jornal, o estudo do CEBR, amplamente noticiado pelos jornais britânicos, ''saltou de imediato para o outro lado do Atlântico, onde os meios brasileiros, um tanto incrédulos, festejaram o feito como se tivesse tratado da sexta vitória da Seleção Nacional no Mundial de futebol''.

O diário australiano "The Australiana" proveitou para ironizar seus antigos colonizadores com uma reportagem intitulada "Ai! Brasil depila Grã-Bretanha", em referência ao celebre método de depilação brasileira, o "brazilian wax".

O jornal segue no mesmo tom, dizendo que ''eles (os brasileiros), que já os bateram no futebol e superam o mundo em se tratando de festejar, agora ultrapassam a Grã-Bretanha nos rankings de economia mundial''.

O espanhol "El País" chama o Brasil de ''gigante sul-americano'' e comenta que o país conseguiu superar a Grã-Bretanha devido ao ''crescimento incessante da economia brasileira''.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Estudantes reivindicam 10% do PIB para educação

Estudantes acampados na Esplanada reivindicam 10% do PIB para educação

Da Agência Brasil

Em Brasília tweet Cerca de 220 estudantes de 23 estados continuam acampados na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. Eles reivindicam que o Plano Nacional de Educação (PNE) assegure investimentos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o setor.

Ver em tamanho maiorVeja as primeiras fotos do protestoFoto 6 de 25 - 6.dez.11 - Estudantes montam barracas e planejam acampar na Esplanada dos Ministérios até o final de semana para pedir o aumento dos investimentos em educação. O movimento Ocupe Brasília é organizado pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e também conta com a participação da Ubes (União Brasileira dos Estudantes) Mais Sergio Lima/FolhapressO relator do PNE, deputado Angelo Vanhoni, definiu o percentual de 8% do PIB como meta de investimento em educação no prazo de dez anos. Para a nova presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Braga, essa meta não é suficiente para resolução dos problemas e melhoria da educação do país. “Continuamos com a nossa luta a favor de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB), para que possamos ter uma educação digna no nosso país.”

Durante sua posse, em uma tenda montada no gramado da Esplanada, Manuela destacou que o movimento em favor da educação já registrava conquistas. “Nosso acampamento teve início vitorioso. Logo no primeiro dia, foi aprovada, na Comissão de Educação do Senado, a destinação de 50% do Fundo Social do pré-sal para o setor. Isso foi uma grande vitória, porém ainda temos muitos desafios a vencer.”

A comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou, na última terça-feira (6), por unanimidade, o projeto de lei que destina às áreas de educação e de ciência e tecnologia metade dos recursos do Fundo Social.

Ontem (7), os estudantes realizaram uma blitz na Câmara e no Senado. Eles visitaram os gabinetes dos parlamentares para cobrar apoio às suas reivindicações. Além da destinação de 10% do PIB para a educação, eles querem a aprovação do Estatuto da Juventude e defendem a inclusão da meia-entrada para estudantes na Copa do Mundo de 2014.

Os acampados também realizaram pedágios nas avenidas que cortam a Esplanada, com objetivo de arrecadar dinheiro para compra de alimentos, produtos de limpeza e materiais de confecção de cartazes.

Fonte: UOL

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ENEM 2011...Resultando em janeiro

Resultados do Enem 2011 serão divulgados a partir de 4 de janeiro de 2012;

Provas aconteceram em outubro

O resultado individual do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 será divulgado a partir do dia 4 de janeiro de 2012, segundo informações do MEC (Ministério da Educação). As provas aconteceram nos dias 22 e 23 de outubro. O exame teve quatro provas objetivas. Cada um dos testes (exceto a redação) era formado por 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia, foram realizadas as provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias. No segundo dia, aconteceram os testes de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Devo deixar meus filhos jogarem games violentos?

Devo deixar meus filhos jogarem games violentos?

Uma criança que já tenha seus valores próprios adquiridos pela educação praticada pelos seus pais e escolas, talvez não se tornasse violenta, ou se tornasse, não seria tão rapidamente, pois aprenderia a estabelecer a diferença entre a violência dos games e da vida real. Mas se ela cresce em um meio familiar, escolar e social já violento, ela pode acreditar que a violência é um valor a ser desenvolvido para poder sobreviver. Para esta, a violência dos games seria facilmente passada para a violência da vida.

No Japão, cuja educação e cidadania do povo atraíram as atenções do mundo quando ele enfrentou o terremoto e o tsunami em março deste ano, praticamente a maioria das crianças joga os games contendo violência, como em qualquer parte do mundo. Nem por isso aumentou a violência entre as crianças, como ocorre no Brasil.

Se as crianças de ambos os países, Brasil e Japão, brincam com os mesmos games violentos, no Japão também as crianças deveriam ser violentas, mas não as são. Por que? Uma das grandes diferenças está na educação, e nos países onde os valores como empatia, respeito ao próximo, e responsabilidade social não são ensinados pelos seus pais e escolas às crianças desde a mais tenra infância, quando então aprendem o hedonismo egoísta, que é a realização das suas vontades prazerosas sem custos, pois quem os paga são os educadores e não elas.

A empatia, o que se sente pela outra pessoa, é um valor fundamental que faz parte da cidadania a qualquer humano que viva em sociedade, deve ser ensinada pelos pais em uma educação orquestrada. Cada vez que os pais ficam contrariados, desobedecidos, frustrados, felizes, realizados e/ou qualquer outro sentimento forte, é muito importante que seja dado feedback aos filhos, para que estes aprendam o que eles provocam nos seus pais. Pais que se calam não ensinam aos seus filhos o que eles provocam nas outras pessoas. Piora muito a violência e a depredação ambiental a falta de empatia para quem as sofre.

Na violência gratuita, comum nos games, o prazer em matar e destruir tudo à volta é egoísta e além de não aparecerem os sofrimentos das vítimas, dos seus familiares e amigos nem os custos das destruições provocadas pelo violento, ele ainda é premiado.

Há tempos, talvez uns 30 anos, vi em uma tira de humor de jornal, cujo autor não me recordo agora, esta sequência: 1º quadro: muitas pessoas entrando, portanto de costas para o leitor, num cinema, cujo imenso cartaz trazia um caubói parado, de frente, com os joelhos curvados para fora, como se andasse a cavalo, com um revólver de cada lado com as mãos afastadas, como se estivesse pronto para atirar primeiro, num duelo de vida ou morte... 2º quadro: dentro do cinema, o mocinho na tela na posição acima descrita e na platéia, aparecendo somente as nucas da platéia... 3º quadro: todos os homens saindo de pernas abertas como se estivessem com revólveres em seus coldres e prontos para sacá-los antes do seu rival, o bandido...

Se a criança já é mais agressiva, impulsiva, explosiva, gritona, mal-educada, não respeita regras sociais de convivência, menos empática, sem suportabilidade às mínimas frustrações e absorvedora de comportamentos inadequados à sua volta, como os da tira acima citada, os games violentos somente pioram o comportamento dela. Portanto, os pais têm que controlar e não deixar passar nada que piore seu comportamento, principalmente as atividades interativas como são os games violentos.

Por Içami Tiba
Fonte: UOL.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ENEM 2011.

É hora de diminuir ritmo de estudos para o Enem 2011, dizem professores

A proximidade do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 –as provas são neste final de semana– deixa muitos candidatos em dúvida: existe uma hora para parar de estudar? Compensa manter a cara nos livros até o último momento?

Professores ouvidos pelo UOL Educação dizem: se você já está se preparando há algum tempo, a hora agora é desacelerar e, no máximo, revisar os conteúdos que apresentam maior dificuldade. “O aluno que já vem estudando pode dedicar um pouco mais de tempo àquela matéria que ele tem dificuldade. Ninguém sabe tudo, e é melhor valorizar o que ele sabe”, diz Alberto Nascimento, coordenador de vestibular do cursinho Anglo
Na sexta-feira (21), véspera da prova, esqueça os livros e os estudos e faça qualquer outra coisa. “Sexta-feira é o dia de conhecer o local de prova, dia de caminhar no parque, mas com o cuidado de não se machucar”, afirma Nascimento.

No entanto, alerta Edmilson Motta, coordenador-geral do Etapa, não dá para mudar a rotina completamente. “De sábado para domingo, a tendência é querer mudar a rotina: dormir muito cedo ou muito tarde. É para manter. Mas isso não quer dizer que é pra ir para a balada.”

Não estudou nada?

Para quem pouco pegou (ou nem tocou) nos livros, não dá para recuperar todo o tempo perdido, mas uma leitura superficial dos assuntos que podem ser cobrados no exame ajuda. “O Enem tem certos temas prediletos. Isso serve de referência para estudo, no caso do ‘desesperado’ e para aquele que está fazendo revisão”, diz Motta.

“Os temas favoritos ainda são os do Enem antigo. Se está em cima da hora para revisão, ou se não se estudou nada, dê uma olhadinha nos temas mais básicos: química ambiental, física e energia, história contemporânea, geografia do Brasil, variáveis proporcionais e porcentagem.”

Fonte: UOL

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Último dia...FILIAWEB...

FILIAWEB

Hoje 14/10/2011 é o prazo final para os Partidos Políticos encaminharem (SUBMETER) as listas de filiados para os eleitores que pretendem ser candidato nas eleições de 2012.

Auri Marconi Diniz
Contador

terça-feira, 4 de outubro de 2011

CUIDADO...ÚLTIMOS DIAS!

Confira aqui prazo final de filiação dos candidatos às eleições de 2012.


Todos aqueles que pretendem se candidatar a cargo eletivo nas Eleições 2012 precisam se filiar a partido político até o próximo dia 7 de outubro. A determinação está prevista na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997 – artigo 9º) e também no calendário eleitoral já aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com dados da Justiça Eleitoral, atualmente existem 13.880.058 eleitores filiados em todo o Brasil e, portanto, aptos a se candidatar.

2012

Nas eleições de 2012 serão escolhidos novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.569 municípios brasileiros. O primeiro turno está marcado para o dia 7 de outubro de 2012 e o segundo turno, caso haja necessidade, no dia 28 de outubro.

Acesse o calendário eleitoral e confira as principais datas a serem observadas por eleitores, partidos políticos, candidatos e pela própria Justiça Eleitoral.

Fonte: Agência Notícias da Justiça Eleitoral.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ESSEC - Escritório de Serviços Contábeis

ESSEC - Escritório de Serviços Contábeis.

Contabilidade Eleitoral.

Auri Marconi Diniz - Contador.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Enem 2011

Enem deve ser nos dias 22 e 23 de outubro; segunda prova fica para maio de 2012
Amanda Cieglinski*

O Ministério da Educação (MEC) confirmou hoje (12) que deve anunciar na próxima semana as datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011/2012. A edição deste ano será em outubro provavelmente nos dias 22 e 23. A outra prova deve ser marcada para maio de 2012, nos dias 5 e 6. Os técnicos do MEC trabalham nos últimos detalhes do edital que deverá ser publicado na próxima semana. Com uma prova marcada para o primeiro semestre de 2012, confirma-se a intenção do MEC em aplicar duas edições do Enem por ano.

Em 2009 o MEC deu início a um projeto de substituição dos vestibulares tradicionais pelo Enem. A partir do resultado da prova, os alunos se inscrevem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e podem pleitear vagas em instituições públicas de ensino superior de todo o país. No ano passado, foram ofertadas 83 mil vagas em 83 instituições, sendo 39 universidades federais.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Professores de escolas públicas param...

Professores de escolas públicas param nesta terça para cobrar cumprimento da Lei do Piso
Professores de escolas públicas de todo o país param suas atividades amanhã (16) a fim de chamar atenção para o cumprimento da lei que estabelece um piso salarial para a categoria. A paralisação foi convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e em pelo menos 11 estados os sindicatos locais prepararam assembleias e outras atividades de mobilização.

A lei foi sancionada em 2008 e determinava que nenhum professor da rede pública com carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos do que R$ 950. O valor do piso corrigido para 2011 é R$ 1.187. Naquele mesmo ano, cinco governadores entraram com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) questionando a constitucionalidade da legislação e só este ano a Corte decidiu pela legalidade do dispositivo.

Com a sinalização do Supremo a favor da Lei do Piso, os professores deram início a uma mobilização nacional para garantir o seu cumprimento. Segundo a CNTE, alguns municípios e estados ainda pagam valores inferiores ao estabelecido em lei. O STF confirmou durante o julgamento que o piso deve ser interpretado como vencimento básico: as gratificações e outros extras não poderiam ser incorporados à conta.

As prefeituras alegam que faltam recursos para pagar o que determina a lei. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), seriam necessários mais R$ 1,9 bilhão para cumprir o dispositivo. Levantamento feito pela entidade com 1.641 municípios mostra que, considerando o piso como vencimento inicial, a média salarial paga a professores de nível médio variou, em 2010, entre R$ 587 e R$ 1.011,39. No caso dos docentes com formação superior, os valores variaram entre R$ 731,84 e R$ 1.299,59.
Fonte: UOL Educação.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Alunos Bonzinhos

Alunos Bonzinhos
Por Içami Tiba
Houve um tempo, há algumas décadas, que o comportamento do aluno era tão avaliado quanto o seu aprendizado. Se um aluno estivesse quieto, calado, não se mexesse muito, não perturbasse em nada a aula, nem sequer perguntasse uma dúvida que tivesse, pronto: nota máxima em comportamento. Por esta nota os pais, que tinham que assinar o boletim, sabiam se o seu filho fez bagunça ou não na sala de aula.

Assim, quem estivesse tímido, com graves problemas psicológicos como isolamento, mutismo, séria dificuldade de relacionamento, considerável baixa na auto-estima a ponto de julgar-se incompetente para participar da aula etc. poderia receber uma boa nota de comportamento.

Era a época em que reinava o ensino autoritário, quando as regras escolares estavam acima de qualquer aluno, o dever estava muito distante do prazer, do lúdico, da alegria de viver. É deste período que os professores cometiam atos hoje considerados abusos de poder e até mesmo de bullying, como taxar o aluno de burro, fazer o aluno “ajoelhar no milho” etc.

Felizmente estas avaliações de comportamento acabaram, o ensino humanizou e o aluno adquiriu seus direitos de manifestação.

Como toda água que se represa, quando se solta inunda descontroladamente tudo por onde passa, e não irriga somente o que precisa; o comportamento dos alunos também “detonou” com tudo o que encontrou pela frente como liberdade de expressão, limites, regras e educação.

Os alunos ficaram como que viciados pela agitação e vontades próprias. Quando não fazem o que querem e não se agitam, começam a sofrer um tipo de abstinência ficando irritados, aborrecidos, desrespeitosos, agressivos, tumultuadores etc.

Hoje até parece que os alunos que desejam aprender estão na contra mão da maioria, assim como comportar-se em aula sem incomodar outras pessoas e até mesmo praticar a educação mais adequada e saudável .

O que seria esperado de um aluno para ser considerado adequado é a educação relacional, com as palavras mágicas: com licença, desculpe, por favor, obrigado.

Uma sala de aula seria muito melhor se os alunos fossem mais educados - principalmente na civilidade. Ninguém no mundo gostaria de conviver com pessoas mal educadas, muito menos professores que precisam despertar nos alunos uma vontade de estudar, quando eles só gostariam de fazer o que quisessem, avessos às obrigações e responsabilidades que são.

Mas esses mesmos alunos mal educados tornam-se altamente estimulados e cheios de vontades de aprender quando os assuntos lhes interessam, surpreendendo até quem deles nada espera.

Portanto o segredo para se conseguir o interesse dos alunos e assim um “aluno bonzinho” é o professor: primeiro ouvir quais os interesses mais comuns que eles manifestam e, segundo: incluir a sua matéria neles ou o inverso, ilustrar ou embasar as aulas com os interesses deles. Sabendo que a paciência deles é cada vez mais facilmente esgotável, o professor deve alimentá-la fornecendo feedbacks a cada intervenção que o aluno fizer. Assim as manifestações dos alunos deixam de ser intrusivas e passam a pertencer ao relacionamento professor-aluno.

Exigir dos pais que os alunos já cheguem educados à Escola é bem pior e mais difícil de obter resultados positivos do que transformá-los em parceiros da educação dos filhos deles.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

FAS - Faculdade do Seridó - Pós-graduação.





A ESSEC e a FAS - Faculdade do Seridó, irão ofertar cursos de Especialização na cidade de Patu-RN.

sábado, 18 de junho de 2011

MEC divulga calendário do Prouni

MEC divulga calendário do Prouni do 2º semestre; inscrições começam nesta segunda

Da Redação
Em São Paulo

O Ministério da Educação divulgou nesta sexta-feira (17) as datas de inscrição e de chamadas do Prouni (Programa Universidade para Todos) do segundo semestre. Ainda não foi definido o total de vagas que será ofertado.

Neste semestre, haverá somente uma etapa com três chamadas e a lista de espera. Serão ofertadas bolsas de 25%, 50% e 100% em instituições particulares de ensino superior. As inscrições serão feitas pelo site do Prouni.

PRIMEIRA ETAPA

Datas
Inscrições pelo site do Prouni 20 a 24 de junho (23h59)
Primeira chamada
Resultado - Candidatos pré-selecionados 27 de junho
Comprovação de informações e processo seletivo próprio 27 de junho a 6 de julho
Segunda chamada
Resultado - Candidatos pré-selecionados 12 de julho
Comprovação de informações e processo seletivo próprio 12 a 19 de julho
Terceira chamada
Resultado - Candidatos pré-selecionados 25 de julho
Comprovação de informações e processo seletivo próprio 25 a 29 de julho

LISTA DE ESPERA

Datas
Manifestação de interesse no site do Prouni 6 a 8 de agosto
Resultado 11 de agosto
Comprovação de informações e processo seletivo próprio 11 a 18 de agosto

O que é preciso para se candidatar

Para se candidatar, é preciso ter tirado no mínimo 400 pontos na média das cinco notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010 e não ter zerado a redação. As inscrições serão feitas pelo site do programa. O candidato não pode ter feito nenhum outro curso superior.

Além disso, o aluno precisa cumprir pelo menos um dos seguintes critérios:

  • Ter feito todo o ensino médio na rede pública;
  • Ter cursado em instituição particular, mas como bolsista integral;
  • Ter feito parte do ensino médio na rede pública e parte na particular com bolsa integral;
  • Seja portador de deficiência;
  • Seja professor efetivo da rede pública de ensino e integrando quadro permanente de pessoal (que só poderão usar a bolsa para cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia).

Como são as bolsas

As bolsas integrais podem ser concedidas a quem tenha renda familiar mensal menor que um salário mínimo e meio. As parciais (25% e 50%) são destinadas àqueles que não tenham renda maior que três salários mínimos.

O que é o Prouni

O Prouni foi criado em 2004, pela Lei nº 11.096/2005. Segundo o MEC, ele tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes do ensino superior em instituições privadas. As instituições que aderem ao programa recebem isenção de tributos.

Fonte: UOL Educação.

domingo, 22 de maio de 2011

Vejam os gols de Ceará 1 x 3 Vasco

Vejam os gols da vitória de virada do vascão na estreia do campeonato brasileiro.

Ceará 1 x 3 Vasco...veja os gols...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Educação Básica...censo 2010

Alunos não bebem água filtrada em pelo menos 9,6 mil escolas

Rafael Targino
Em São Paulo
Pelo menos 9.621 escolas em atividade do país declararam que os alunos não têm água filtrada para beber e, tampouco, recebem água potável da rede pública. Os dados estão no Censo da Educação Básica de 2010, o mais recente disponível. Esse número representa 4,8% das 200.876 unidades em atividade.

O levantamento feito pelo UOL Educação exclui as escolas que não responderam às perguntas, mas os números são autodeclaratórios. Ou seja: esse total pode ser ligeiramente menor ou maior, caso algumas escolas tenham preenchido erroneamente o questionário do censo.

terça-feira, 3 de maio de 2011

PROUNI...Bolsas parciais podem acabar

MEC estuda acabar com bolsas parciais do Prouni

O MEC (Ministério da Educação) estuda acabar com as bolsas parciais do Prouni (Programa Universidade para Todos), que têm maior ociosidade no programa. Em entrevista coletiva ocorrida hoje, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que há duas alternativas possíveis em relação a esses benefícios: o fim dessas bolsas, passando o Prouni a oferecer apenas bolsas integrais, ou a isenção proporcional para as instituições de ensino.

Haddad também defende o aprimoramento da legislação do programa, para que a isenção de impostos das instituições seja baseada não só na oferta, mas na ocupação das vagas oferecidas. “O programa é muito novo, tem apenas seis anos. Identificamos ajustes necessários e vamos defender essa alteração legal”, disse.

As mudanças serão assunto de nova reunião entre o MEC e a Receita Federal nesta semana. “Se a contrapartida do Governo Federal, ou seja, a isenção fiscal, se der de maneira proporcional à ocupação das vagas, fica equalizado o problema das vagas ociosas e também o das bolsas parciais”, esclareceu o ministro.

Investigação
Além do problema no preenchimento das bolsas, o MEC vai investigar o caso de estudantes da Universidade Paranaense (Unipar) que não são de baixa renda, mas estudam na instituição com bolsa do Prouni, como mostrou reportagem veiculada ontem (1º) na imprensa. Para receber bolsa integral, o estudante deve ter renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. No caso do benefício parcial, o limite chega a três salários mínimos por membro da família. Outro pré-requisito é ter cursado todo o ensino médio em escola pública.

O problema não é novo e os primeiros casos foram denunciados em 2009 também pelo TCU. O MEC passou a cruzar os dados dos bolsistas com informações da Renavam (Receita Federal e do Registro Nacional de Veículo Automotores) para detectar as irregularidades. Desde então, foram canceladas 4.253 bolsas e 15 instituições foram desvinculadas do programa.

Se for comprovado que a instituição foi negligente ou favoreceu algum aluno que não se encaixa no perfil do programa, ela fica proibida de participar do programa e pode sofrer outras sanções no processo de regulação do MEC. No caso de alunos que tenham fraudado informações para receber o benefício, além da perda da bolsa, eles podem responder judicialmente pelo crime de falsidade ideológica.

Programa
O Prouni prevê a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Criada em 2004, a iniciativa oferece, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas faculdades participantes. A ação é dirigida a estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou particular na condição de bolsistas integrais, com renda per capita familiar máxima de três salários mínimos.

*Com informações da Agência Brasil

Fonte: UOL Educação

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Equação Patrimonial

Slides do Professor Auri Marconi Diniz do novo Modelo do Balanço Patrimonial.

Faça seu Download...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Custo Padrão

Slides do Professor Auri Marconi Diniz sobre Custo Padrão.

Conceitos e Fianlidades...

Objetivos...

Vantagens e Limitações...

Faça seu Download...

sábado, 23 de abril de 2011

Imposto de Renda

Este é o último fim de semana para fazer a declaração de IR antes do prazo final

SÃO PAULO - Este é o último fim de semana antes do prazo final para entrega da declaração do Imposto de Renda 2011. O último dia é a próxima sexta-feira, dia 29, e não haverá prorrogração. Quem atrasar paga multa mínima de R$ 165,74 e máxima de 20% do imposto devido.

Como muita gente só tem tempo para fazer a declaração nos fins de semana, é importante se planejar para resolver o assunto agora.

A Receita Federal do Brasil espera que, até o último dia, 24 milhões de declarações sejam enviadas. O prazo começou no dia 1º de março.

sábado, 16 de abril de 2011

Faltam 12 mil creches

Faltam 12 mil creches para atender todas as crianças de 0 a 3 anos, aponta relatório

Ana Okada
Em São Paulo

Para que todas as crianças de 0 a 3 anos seja atendidas em creches seria necessária a construção de 12 mil novas unidades. A estimativa foi divulgada no relatório "Um Brasil para as crianças e os adolescentes", feito pela Fundação Abrinq e pela ONG Save the Children.

Atualmente, apenas 1,2 milhão de crianças frequentam creches -- há 11 milhões de indiivíduos nessa faixa etária. De 2005 a 2008 houve um crescimento de 23,8% de crianças atendidas.

Colocar a criança na creche é uma decisão da família. Mas, se os pais desejarem colocar seu filho, o governo precisa garantir a vaga. A responsabilidade por essa etapa é das prefeituras. Por causa da importância que essa fase do desenvolvimento da criança tem na vida escolar, o governo federal também está com programas no setor.

Uma das principais bandeiras de campanha da presidente Dilma Rousseff, o Proinfância, programa do governo federal para construção de creches e pré-escolas, não conseguiu cumprir a meta de convênios para 2010. Das 800 unidades previstas, apenas 628 foram autorizadas.

Em 2011, o objetivo é assinar mais que o dobro disso: 1,5 mil convênios, totalizando 6 mil até o final do mandato de Dilma.

Em São Paulo, a falta de vagas -- a prefeitura não consegue atender a demanda -- chegou à Justiça. A Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e Juventude de São Paulo propôs ação civil pública contra o prefeito Gilberto Kassab pela falta de vagas em creches da cidade. O documento pede que o prefeito seja responsabilizado e condenado pelo déficit, com base na Lei de Improbidade.

Onde as crianças estão em creches

Dentre os matriculados, 47% são da região Sudeste. Em seguida, vêm Nordeste, com 24%; Sul, com 18%; Centro-Oeste, com 7%; e Norte, com 4%.

O projeto do próximo PNE (Plano Nacional da Educação) 2011-2020, que deve ser aprovado este ano, pede que, até 2020, 50% dessas crianças estejam matriculadas. No plano anterior, porém, já era previsto que 30% da população de até 3 anos fosse atendida.

No ensino de crianças de 4 a 6 anos, o relatório aponta o crescimento das matrículas de 2000 a 2008 de 25,8%. Assim como na outra etapa, a região Sudeste é a que tem mais matriculados (2.897.062), seguida pelo Nordeste (2.078.215).

Avanços

O estudo aponta a criação em 2006 do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) como um dos fatores que contribuiram para o aumento de matrículas na educação infantil.

Eles ressaltam, porém, que "é fundamental a articulação entre o governo federal e os governos estaduais e municipais, para que se garantam tanto o acesso quanto a qualidade da educação infantil".

O relatório tem, ainda, uma série de recomendações para esta etapa, tais como:

  • a expansão da oferta e cobertura da educação infantil, com prioridade às crianças de grupos tradicionalmente excluídos;
  • investimento na melhoria da gestão escolar, da qualidade do ensino e do fluxo escolar, bem como da valorização e qualificação dos profissionais desta etapa;
  • viabilizar recursos para a formação continuada;
  • ampliar investimento em materiais didáticos relevantes ao contexto local;
  • garantir e efetivar recursos do Fundeb para a ampliação e manutenção do desenvolvimento desta etapa;
  • consolidação do RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil), do Proinfância (Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil); e dos indicadores de qualidade da educação infantil, lançados em 2009, como um instrumento importante para monitorar e avaliar a qualidade do serviço prestado.

Fonte: UOL Educação

terça-feira, 5 de abril de 2011

Aluno do Ensino Médio (noite) pode ficar mais tempo na escola

Aluno que faz ensino médio à noite pode ficar até um ano a mais na escola

O ensino médio noturno pode durar mais tempo. Se as novas diretrizes para essa etapa da educação básica forem aprovadas pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) amanhã, o aluno que estuda à noite poderá ficar de um semestre até um ano a mais na escola. A ideia é que ele tenha menos horas de aula por dia, com a possibilidade até mesmo de explorar recursos de educação à distância no currículo.

A proposta é uma das que compõem o documento que pretende flexibilizar o currículo do ensino médio, trazendo a escola para dentro da rotina do aluno e, assim, tornando-a atraente. Com isso, o conselho quer valorizar o projeto político-pedagógico e a identidade de cada escola.

O ensino médio é hoje a etapa mais problemática da educação brasileira. Além de boa parte dos alunos apresentar baixo desempenho escolar, o ensino médio enfrenta uma evasão crônica. Dados de 2009 mostram que 32,8% dos brasileiros entre 18 e 24 anos abandonaram os estudos antes de completar o terceiro ano.

"No caso do ensino médio noturno, sabemos que é difícil manter o aluno quatro horas por dia na escola, pois muitos chegam atrasados do trabalho e saem antes do fim da aula. Por isso, flexibilizar essa grade é importante", afirma José Fernandes de Lima, relator das diretrizes e membro da Câmara de Educação Básica do CNE. "Isso dará ao aluno a possibilidade de concluir essa etapa em três anos e meio, quatro anos ou até mais." Hoje, o ensino médio dura três anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 29 de março de 2011

MEC e Inep buscam ampliar banco de itens...

MEC e Inep chamam universidades para ampliar banco de itens do Enem

Amanda Cieglinski
Da Agência Brasil
Em Brasília

Os primeiros passos para aumentar a escala e o alcance do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) começam a ser dados. As instituições públicas de ensino superior vão participar da elaboração do banco de itens da prova a partir deste ano.

Antes, as questões do Enem era feitas por professores ou especialistas contratados diretamente para a tarefa. Aumentar o número de questões disponíveis é importante, já que a pretensão do MEC (Ministério da Educação) e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) é aplicar duas edições da prova ao ano.

Atualmente o Inep tem cerca de 10 mil questões no BNI (Banco Nacional de Itens) do Enem – a meta é chegar a 100 mil. Cada edição do exame é formada por 180 questões. As universidades federais, estaduais e municipais, além dos institutos federais de Educação Profssional podem se cadastrar para participar do edital a partir de amanhã (30). Elas serão pagas pelos itens elaborados, testados e aprovados. O investimento nesse projeto será de R$ 100 milhões.

A ideia é aproveitar a experiência acumulada pelas universidades na elaboração dos seus vestibulares para “engordar” o BNI. “É importante envolver cada vez mais as instituições públicas de ensino superior [no Enem]. Elas vão compartilhar de forma mais sistêmica”, explica a presidente do Inep, Malvina Tuttman. Segundo ela, as instituições já demontraram grande interesse em participar do projeto. Elas deverão formar equipes para elaborar as questões nas quatro áreas que são avaliadas no Enem: linguagens e códigos, ciências da natureza, ciências humanas e matemática.

Um banco de itens mais completo permitirá no futuro a informatização das provas do Enem. O ministro Fernando Haddad espera que esse modelo, já utilizado em países como os Estados Unidos, comece a sair do papel em um prazo de três anos. Pelo sistema CAT (Computer Adaptive Testing), o candidato faz a prova em um terminal capaz de gerar uma prova diferente para cada um. Isso é possível porque a metodologia adotada no Enem é a TRI )Teoria de Resposta ao Item), um modelo que atribui pesos diferentes às questões em função do número de erros e acertos obtidos pelos candidatos.

“O desenho dessa sala de aplicação está em estudo e assim que for concluído vamos soltar um segundo edital para instituições que queiram se habilitar para aplicar o exame”, informou Haddad. Inicialmente essas salas vão servir para testar os itens que vão ser incluídos no BNI. “A informatização necessita da instalação de áreas próprias para aplicação do exame nesse formato, o que exige a aquisição de equipamentos próprios por parte daqueles que vão se habilitar. Não é só o terminal, mas toda uma infraestrutura de segurança”, explicou o ministro.

De acordo com Haddad, o Inep ainda não definiu a partir de quando o Enem passará a ter mais de uma edição por ano. O mais provável é que o próximo edital já tenha a previsão da edição deste ano e de outra prova para o primeiro semestre de 2012. “Temos que dar início a esse processo”, afirmou.

Fonte: UOL Educação.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A Importância da Água para os Seres Vivos

Água e vida

Por que a água é importante para os seres vivos?

Rodrigo Luís Rahal*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Página 3

A Terra tem 71% de sua superfície coberta por água

Todos os seres vivos que habitam o planeta Terra são formados por células. Estas, por sua vez, possuem organelas, partículas que mantêm as células vivas utilizando inúmeros tipos de substâncias. Uma dessas substâncias é a água.

Nosso planeta é o único no Sistema Solar a apresentar 71% de sua superfície coberta por água. Essa substância é a mais abundante na constituição da maioria dos seres vivos, podendo ser encontrada em porcentagens que variam de 70% a 95%.

Capacidade de dissolução

Em termos moleculares, a água é constituída de um átomo de oxigênio e dois átomos de hidrogênio - e sua fórmula molecular é simbolizada por H2O. Usualmente, a água é chamada de "solvente universal", pois é capaz de dissolver uma grande variedade de substâncias químicas que constituem as células vivas, tais como sais minerais, proteínas, carboidratos, gases, ácidos nucléicos e aminoácidos.

Essa capacidade de dissolução da água está diretamente ligada à sua polaridade, já que em uma molécula de água há um pólo positivo e um pólo negativo. A maioria das substâncias que compõem as células vivas também é polar. Portanto, essas substâncias possuem uma boa afinidade química com a água, sendo então denominadas hidrofílicas (do grego, hydro = água; e phylos =amigo).

Do ponto de vista químico, dissolver uma substância é separar seus átomos por meio de um solvente de propriedades semelhantes, para que eles possam ser utilizados pelas células vivas.

Por exemplo, quando ingerimos sal de cozinha (NaCl), a água que está em nosso organismo separa o Sódio (Na) do Cloro (Cl), formando íons que podem ser aproveitados por nossas células em atividades celulares.

Se as moléculas de água não ativassem esse processo, jamais poderíamos utilizar tais átomos sob a forma de cristais de sal, como os conhecemos. Portanto, a água e o sal de cozinha passam a constituir uma solução aquosa, na qual a água atua como solvente - e o sal, como soluto.

No interior das células encontramos outro exemplo dessa relação solvente-soluto: o citosol. Nesse caso, a água é o solvente - e os aminoácidos, proteínas e carboidratos, o soluto. Juntos, formam uma solução aquosa. O sangue é também, em parte, uma solução aquosa formada por água e uma gama enorme de solutos (glicose, íons de sais minerais, gases respiratórios, etc.).

Quebra de proteínas e carboidratos

A água também pode ser encontrada reservada em tecidos vivos. Em alguns vegetais superiores, que vivem em ambientes áridos, a água é armazenada nas folhas, raízes e caules para manutenção do metabolismo do vegetal. Em nosso organismo encontramos água armazenada em nossos músculos e ossos, sendo que ela é utilizada em atividades celulares como a quebra de proteínas e carboidratos.

Nos animais, a tensão superficial que as moléculas de água formam sobre os alvéolos pulmonares e nas brânquias dos peixes permite que ocorram trocas gasosas e a consequente sobrevivência dos tecidos.

Existem substâncias que, ao contrário das polares, não possuem cargas elétricas como a água. Essas substâncias são denominadas apolares.

Gorduras e outras substâncias possuem essa propriedade, não desenvolvendo uma boa afinidade química com a água, sendo então denominadas hidrofóbicas (do grego, hydros = água; fobos = medo, aversão). Essas substâncias, quando em contato com água, formam misturas heterogêneas, como, por exemplo, o óleo de soja e a água.

Hidrólises e síntese por desidratação

Além das aplicações descritas até agora, a água é utilizada em reações químicas no interior das células de organismos vivos. Nas hidrólises, a molécula de água é quebrada e seus átomos de hidrogênio e oxigênio são adicionados a outras substâncias. As reações de digestão de proteínas que ocorrem em nosso tubo digestório são hidrólises sucessivas.

Existem também reações de síntese por desidratação, nas quais as moléculas de água são formadas a partir da união de outras moléculas. Esse tipo de reação ocorre no citosol das células glandulares da parede interna do estômago, quando são formadas enzimas digestórias para a degradação dos alimentos ingeridos por nós.

Como vimos, a água é um solvente universal, participa de reações químicas e atua na absorção de nutrientes, sendo, portanto, considerada uma substância multifuncional. Nossa atuação, enquanto seres vivos, é decisiva e fundamental no que diz respeito ao destino e ao uso da água. E, consequentemente, da vida no planeta Terra.
*Rodrigo Luís Rahal é bacharel e licenciado em biologia, mestre em Biologia Celular e Estrutural pela UNICAMP e professor do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo.

terça-feira, 15 de março de 2011

Mulheres Cientistas

Mulheres já são 43% do total de cientistas em São Paulo

Em 2010, das 19.678 solicitações iniciais de apoio à pesquisa apresentadas à FAPESP 42% foram apresentadas por mulheres. O percentual tem crescido continuamente desde 1992, quando foi de 30%.

Segundo levantamento feito pela FAPESP, a taxa de sucesso global, definida como o número de propostas aprovadas dividido pelo número de propostas analisadas no ano, foi, em 2010, de 61% para as mulheres e de 60% para os homens.

Para as grandes áreas de Ciências da Saúde, Ciências Agrárias e Engenharias, observa-se um crescimento forte na proporção de mulheres. Em Ciências da Saúde, o percentual cresceu de 34% em 1992 para 54% em 2010; para Ciências Agrárias, foi de 23% em 1992 para 40% em 2010. No caso das Engenharias, a participação feminina quase triplicou, passando de 8% para 22% no período.

Nas grandes áreas de Ciências da Saúde, Ciências Humanas e Linguística, Letras e Artes mais da metade dos solicitantes é do sexo feminino. Em Ciências Biológicas, a tendência é de crescimento na participação das mulheres, que passou de 42% em 1992 para 48% em 2010.

Entretanto, os dados indicam que, apesar de maioria, há um ligeiro decréscimo do número de solicitantes mulheres nas áreas tradicionalmente com forte presença feminina, como Ciências Humanas, que caiu de 56% em 1992 para 52% em 2010, e Linguística, Letras e Artes, que passou de 57% para 52% no mesmo período. Em contrapartida, o percentual de crescimento é significativo em áreas com forte presença tradicionalmente de homens, como Agrárias e Engenharias.

De 1992 a 1998, houve um forte aumento na quantidade de pesquisadores, homens ou mulheres, que solicitaram apoio à FAPESP, a uma taxa média de mais de 730 pesquisadores por ano. De 1998 a 2003, houve estabilidade na quantidade de pesquisadores, com um número total em torno de 7 mil.

De 2003 a 2010, observa-se uma retomada do crescimento na quantidade de pesquisadores, agora com uma taxa média de crescimento de 267 pesquisadores por ano.

Durante todo o período de 1992 a 2010, o número de pesquisadoras evoluiu obedecendo ao mesmo padrão de curto prazo do crescimento de pesquisadores do sexo masculino, mas, na média, a intensidade de crescimento no número de pesquisadoras foi ligeiramente maior, o que levou a um aumento na proporção de pesquisadoras.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Qualidade de Educação depende de investimentos

Seis dos dez Estados com pior qualidade de educação investem menos por aluno

Juliana Doretto
Especial para o UOL Educação
Em Brasília

Seis dos dez Estados com pior desempenho na educação pública têm os mais baixos investimentos por aluno no país. No ranking das dez redes estaduais com pior Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) nas séries iniciais (1ª a 4ª) e finais (5ª a 8ª) do ensino fundamental, seis têm também os menores custos anuais por estudante, segundo os números do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Todos estão nas regiões Norte e Nordeste.

De primeira a quarta séries do ensino fundamental, as escolas públicas estaduais de Alagoas, Bahia, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí têm notas que vão de 3,2 a 3,9, numa escala até dez. De quinta a oitava, as notas vão de 2,7 a 3,4. Esses Estados tinham a previsão de gastar, em 2009, ano de referência para o Ideb, R$ 1.350,09, por aluno durante o ano letivo, nos primeiros anos e R$ 1.485,10 nos últimos.

Todos chegaram a esse valor, estabelecido como o mínimo pelo governo federal, apenas com complementação de verbas feita pela União. Neste ano, eles têm previsão de usar R$ 1.722,05 anuais no primeiro estágio do fundamental e R$ 1.894,25 por aluno por ano no segundo.

“Existe uma tendência de que mais recursos geram mais resultado. Os alunos das redes técnicas federais têm desempenho muito melhor no Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Alunos] e no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], mas o custo por aluno é de R$ 7 mil a R$ 8 mil. Se tivéssemos essa eficiência como um todo estaríamos melhor que EUA e França, por exemplo”, diz Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Ele explica que mais recursos não correspondem a uma melhor aprendizagem, mas é um pressuposto: “Só se faz uma casa se tiver material adequado para a construção.”

Luiz Araújo, ex-presidente do Inep, afirma que “mesmo que não possamos dizer que existe uma linha única entre Ideb e financiamento, há forte correlação, sendo mais forte na falta de recursos do que na presença”. Ele explica ainda que “fatores de gestão podem influenciar melhorias, o que significa melhor aplicação dos mesmos recursos”.

O custo por aluno no início do ensino fundamental é o valor que comanda, junto com o da pré-escola, a distribuição de recursos pelo MEC (Ministério da Educação), por meio do Fundeb. O investimento por estudante nas séries finais do fundamental e no ensino médio é calculado a partir desse valor, com fatores de ponderação.

O país tem um fundo para cada Estado e para o Distrito Federal, formado com recursos federais e impostos e transferências estaduais e municipais, vinculados à educação. O Fundeb recebe 20% do dinheiro que tem de ser destinado à área: os outros 5% (a Constituição exige investimento de 25% na área) são aplicados por cada Estado ou município. As cidades que têm arrecadação própria também investem mais. O custo por aluno é formado com o total arrecadado pelo fundo dividido pela quantidade de estudantes na educação básica das redes públicas de ensino e é repassado aos governos dos Estados e municípios.

Nordeste

Daniel Cara diz que, na região Nordeste, os números se explicam pelo número grande de matrículas e pela capacidade de arrecadação ruim. Uma exceção seria Sergipe, que tem uma rede estadual pequena e mais recursos, vindos, por exemplo, de empresas estatais, o que gera um custo por aluno de R$ 1.602,10 (2009) e R$ 1.966,53 (2011), no início do fundamental. Ainda assim, o Estado tem o quinto pior Ideb (3,7). Nas séries finais, os números são de R$ 1.762,31 (2009) e R$ 2.163,18 (2011) e nota de 2,7 (a pior nota, assim como em Alagoas).

Paulo Corbucci, pesquisador da área de educação do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, diz que os gastos são importantes, mas a realidade social e econômica dos estudantes também é. “Os Estados do Nordeste encabeçam a lista dos menores gastos e das piores condições socioeconômicas. O resultado do Ideb é o esperado”, completa. Por isso, ele sustenta que as políticas públicas educacionais têm de ser pensadas em conjunto com as de saúde, emprego e renda, segurança etc.

Entenda o Ideb

O Ideb, calculado pelo MEC (Ministério da Educação) é medido por meio de taxas de aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O Ideb 6 é considerado equivalente ao nível educacional médio dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), e a meta do MEC é que o país chegue a esse número até 2022.

O ministério não tem tabuladas as notas do Ideb por Estado levando em conta o desempenho das escolas municipais (que contemplam grande parte das matrículas das primeiras séries do ensino fundamental), apenas as das estaduais.


Investimento por aluno x Ideb (anos iniciais do fundamental)

Estado Urbanas/2009 (em R$) Urbanas/2011 (em R$) Ideb 2009 - rede estadual
BA 1.350,09 1.722,05 3,2
AL 1.350,09 1.722,05 3,3
RN 1.482,51 1.726,92 3,5
AP 2.072,72 2.434,07 3,6
SE 1.602,10 1.966,53 3,7
PA 1.350,09 1.722,05 3,7
PB 1.350,09 1.722,05 3,7
PI 1.350,09 1.722,05 3,8
PE 1.350,09 1.722,05 3,9
RJ 1.515,49 2.013,63 4
MA 1.350,09 1.722,05 4
RR 2.890,08 2.915,43 4,2
CE 1.350,09 1.722,05 4,2
MS 2.130,78 2.162,93 4,4
RO 1.732,65 1.998,57 4,4
AC 2.096,40 2.164,05 4,5
TO 2.007,57 2.165,61 4,5
AM 1.350,09 1.722,05 4,5
RS 2.012,29 1.824,46 4,8
MT 1.886,96 2.099,86 4,9
GO 1.653,95 2.048,66 4,9
ES 2.466,46 2.427,92 5
SC 1,796.48 2.135,31 5
PR 1 .580,84 1.780,97 5,2
SP 2.263,05 2.640,38 5,4
DF 2.102,79 2.284,83 5,4
MG 1.707,01 1.903,06 5,8

Investimento por aluno x Ideb (anos finais do fundamental)

Estado Urbanas/2009 (em R$) Urbanas/2011 (em R$) Ideb 2009 - rede estadual
AL 1.485,10 1.894,25 2,7
SE 1.762,31 2.163,18 2,7
BA 1.485,10 1.894,25 2,8
PB 1.485,10 1.894,25 2,8
RN 1.630,76 1.899,61 2,9
PE 1.485,10 1.894,25 3
PA 1.485,10 1.894,25 3,1
RJ 1.667,04 2.214,99 3,1
PI 1.485,10 1.894,25 3,4
RO 1.905,92 2.198,43 3,4
AM 1.485,10 1.894,25 3,6
CE 1.485,10 1.894,25 3,6
MA 1.485,10 1.894,25 3,6
GO 1.819,34 2.253,52 3,6
MS 2.343,86 2.379,22 3,6
AP 2.279,99 2.677,48 3,6
RR 3.179,09 3.206,98 3,7
RS 2.213,52 1.925,95 3,8
ES 2.713,11 2.670,71 3,8
TO 2.713,11 2.382,17 3,9
DF 2.313,06 2.513,31 3,9
PR 1.738,92 1.959,07 4,1
MG 1.877,71 2.093,36 4,1
AC 2.306,04 2.380,46 4,1
SC 1.976,12 2.348,85 4,2
MT 2.075,65 2.309,84 4,2
SP 2.489,35 2.904,41

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Prouni

Prouni abre inscrição para segunda etapa nesta 2ª

O Prouni (Programa Universidade para Todos) abre, nesta segunda-feira (21), as inscrições para a segunda etapa do programa. Agora, os candidatos que não conseguiram ser selecionados na primeira parte do programa ou não fizeram inscrição terão uma nova chance para obter bolsas de estudo no ensino superior. O prazo termina na quinta-feira (24).

Quem foi selecionado na primeira etapa não poderá concorrer novamente a bolsas, a não ser que tenha sido selecionado em um curso que não teve formação de turma. É possível escolher até três opções de curso e instituição.

As inscrições podem ser feitas pelo http://siteprouni.mec.gov.br/, informando o número de inscrição no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010 e o número do CPF.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

2ª Romaria dos Vaqueiros



DIA 20 DE MARÇO DE 2011

CONCENTRAÇÃO NO POSTO Nossa Senhora dos Milagres

SAÍDA ÀS 07:30 HORAS

MISSA NO SANTUÁRIO ÀS 09:00 HORAS

ALMOÇO DO VAQUEIRO ÀS 12:00 HORAS

Compre sua CAMISETA, colabore com o SATUÁRIO DO LIMA.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Economia...

Vale tem o maior ganho na Bolsa em 2011, diz consultoria

Da Redação, em São Paulo

Apesar do mau começo de ano para a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), a Vale (VALE3 e VALE5) registrou crescimento de R$ 11,4 bilhões em valor de mercado ao longo de 2011, considerando o fechamento da última segunda-feira (14).

Este é o melhor desempenho em valor absoluto entre as empresas de capital aberto no Brasil, segundo levantamento da consultoria Economatica.

MAIORES ALTAS EM VALOR ABSOLUTO

Empresa 30/12/10* 14/02/11* Variação absoluta*
Vale 276,9 288,3 11,4 (4,1%)
Eletrobras 26,2 31,6 5,4 (20,8%)
Usiminas 20,0 23,3 3,3 (16,4%)
Valefert 8,4 11,7 3,2 (38,6%)
Tele Norte 6,5 8,3 1,7 (37,4%)
  • * Em bilhões de R$
  • Fonte: Economatica

Para fazer o estudo, a consultoria analisou o desempenho das ações de 312 empresas que tiveram ao menos uma negociação em dezembro do ano passado e entre os dias 14 de janeiro e 14 de fevereiro desde ano.

O valor de mercado é o preço de cada ação da empresa multiplicado pelo número de papéis em circulação, ou seja, representa o quanto um investidor pagaria se fosse possível comprar todas as ações da companhia.

No período analisado, o valor da Vale passou de R$ 276,9 bilhões (em dezembro) para R$ 288,3 bilhões (em 14 de fevereiro), alta de 4,1%. Como comparação, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) acumulou perda de 3,96%.

Em segundo lugar, vem a Eletrobras (ELET3 e ELET6) que passou de R$ 26,2 bilhões para R$ 31,6 bilhões, ganho de R$ 5,4 bilhões (alta de 20,8%).

Fonte: UOL Economia.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Paul Krugman

Paul Krugman

07/02/2011 - 10h55

Secas, inundações e alimentos

Estamos em meio a uma crise mundial de alimentos -- a segunda em três anos. Os preços mundiais dos alimentos bateram recordes em janeiro, propelidos pelas fortes altas nos preços do trigo, milho, açúcar e óleos. Essa disparada de preços exerceu efeito apenas modesto sobre a inflação dos Estados Unidos, que continua baixa sob os padrões históricos, mas tem impacto brutal sobre os pobres do planeta, que gastam a maior parte de, se não toda, sua renda na compra de alimentos básicos.

As consequências dessa crise alimentar vão bem além da economia. Afinal, a grande questão sobre os levantes contra regimes corruptos e opressivos do Oriente Médio não é tanto que eles estejam acontecendo, mas por que estão acontecendo agora. E não resta muita dúvida de que os preços extremamente altos da comida foram um dos gatilhos importantes para que a raiva do povo fosse deflagrada.

Assim, o que está por trás do salto nos preços? Os direitistas dos Estados Unidos (e os chineses) imputam a culpa à política monetária frouxa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), e pelo menos um comentarista declarou que "Ben Bernanke tem sangue nas mãos". Enquanto isso, o presidente francês Nicolas Sarkozy atribui a culpa aos especuladores, acusando-os de "extorsão e pilhagem".

Mas as provas apontam para uma história diferente e muito mais ameaçadora. Embora diversos fatores tenham contribuído para a disparada nos preços dos alimentos, o que realmente se destaca é até que ponto eventos climáticos severos prejudicam a produção agrícola. E esses eventos climáticos severos são exatamente a espécie de coisa que devemos esperar com as mudanças que a concentração cada vez maior de gases causadores do efeito-estufa causa em nosso clima -- o que significa que a atual disparada no preço dos alimentos pode ser apenas o começo.

É preciso considerar que, em certa medida, a disparada nos preços dos alimentos é parte de um "boom" geral no preços das commodities: os preços de muitas matérias-primas, do alumínio ao zinco, vêm crescendo rapidamente desde o começo de 2009, em larga medida devido ao crescimento industrial rápido dos mercados emergentes.

Mas a conexão entre crescimento industrial e demanda é muito mais clara para, digamos, o cobre do que para os alimentos. Exceto nos países muito pobres, a alta na renda não exerce grande efeito na maneira de comer das pessoas.

É fato que o crescimento em países emergentes como a China leva a um consumo maior de carne bovina e portanto a uma demanda mais elevada por ração animal. Também é fato que as matérias-primas agrícolas, especialmente o algodão, disputam terras e outros recursos com as safras alimentícias -- e o mesmo pode ser afirmado sobre a produção subsidiada de álcool combustível, que consome muito milho. Com isso, tanto o crescimento econômico quanto políticas de energia incorretas exerceram certa influência sobre a alta nos preços dos alimentos.

Ainda assim, eles se mantiveram mais baixos que os preços de outras commodities até a metade do ano passado. E então o tempo começou a piorar.

Considere o caso do trigo, cujos preços quase dobraram desde a metade do ano passado. A causa imediata do salto nos preços do trigo é evidente: a produção mundial do cereal caiu acentuadamente. E a maior parte dessa perda de produção, de acordo com dados do Departamento da Agricultura norte-americano, ocorreu nos países da antiga União Soviética. E sabemos o motivo: uma onda recorde de calor e seca, que levou as temperaturas de Moscou acima dos 38 graus pela primeira vez na história.

O calor na Rússia foi apenas um dos muitos eventos climáticos extremos registrados recentemente, da seca no Brasil a inundações de proporções bíblicas na Austrália, e todos eles prejudicaram a produção mundial de alimentos.

A questão passa a ser, portanto, o que explica esse clima extremo.

Em certa medida, estamos diante dos resultados de um fenômeno natural, "La Niña" -- um evento periódico que surge quando as águas do Oceano Pacífico ficam abaixo de sua temperatura normal. E eventos "La Niña" estão historicamente associados a crises mundiais de alimentos, entre as quais a de 2007--2008.

Mas isso não explica tudo. Não se deixe enganar pela neve: 2010 empatou com 2005 como o ano mais quente de todos os tempos, ainda que tenhamos passado por um mínimo solar e "La Niña" tenha sido um fator de refrigeração na segunda metade do ano. Recordes de temperatura foram batidos não apenas na Rússia como em 19 outros países, que respondem por um quinto da área terrestre do planeta. E tanto secas quanto inundações são consequências naturais de um mundo em aquecimento: as secas surgem porque a temperatura está mais alta, e as inundações porque os oceanos aquecidos liberam mais vapor de água.

Como sempre, não se pode atribuir diretamente um evento climático aos gases do efeito-estufa. Mas o padrão que temos visto, com altas extremas e clima extremo se tornando mais comuns de modo generalizado, é exatamente o que se poderia esperar em uma situação de mudança climática.

Os suspeitos usuais, é claro, enlouquecem diante de quaisquer sugestões de que o aquecimento global tenha relação com a crise dos alimentos; aqueles que insistem em que Ben Bernanke tem sangue nas mãos tendem a ser mais ou menos as mesmas pessoas que insistem em que o consenso científico sobre o clima representa uma vasta conspiração de esquerda.

Mas os indícios de fato sugerem que o que estamos vendo agora é o primeiro sinal das perturbações econômicas e políticas que teremos de enfrentar em um planeta em aquecimento. E porque não conseguimos agir para limitar os gases causadores do efeito-estufa, esse tipo de coisa acontecerá com muito mais frequência, e com muito mais gravidade, no futuro.

TRADUÇÃO DE PAULO MIGLIACCI

Paul Krugman Paul Krugman, 57 anos, é prêmio Nobel de Economia (2008), colunista do "The New York Times" e professor na Universidade Princeton (EUA). Um dos mais renomados economistas da atualidade, é autor ou editor de 20 livros e tem mais de 200 artigos publicados

Fonte: UOL Economia.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Investimentos na Educação geram retorno

Cada R$ 1 gasto em educação gera R$ 1,85 no PIB

Pedro Peduzzi
Da Agência Brasil

Nenhum gasto público social contribui tanto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quanto os que são feitos em educação e saúde. Cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde gera R$ 1,70.

“O gasto na educação não gera apenas conhecimento. Gera economia, já que ao pagar salário a professores aumenta-se o consumo, as vendas, os valores adicionados, salários, lucros, juros”, avalia o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão. “Portanto, a política social brasileira não apenas protege, como promove o cidadão”, completa.

Para a redução da desigualdade social, os gastos que apresentam maior retorno são aqueles feitos com o Bolsa Família, que geram R$ 2,25 de renda familiar para cada R$ 1 gasto com o benefício; e os benefícios de prestação continuada – destinados a idosos e portadores de deficiência cuja renda familiar per capita seja inferior a 25% do salário mínimo –, que geram R$ 2,20 para cada R$ 1 gasto.

Além disso, 56% desses gastos retornam ao caixa do Tesouro na forma de tributos. Os dados referem-se ao ano de 2006 e constam do estudo "Gasto com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda", divulgado nesta quinta-feira (3) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com o órgão, é a primeira vez que um estudo como esse é feito no Brasil, em função da dificuldade de se juntar os elementos necessários para o desenvolvimento da pesquisa.

“Em termos gerais, ampliar em 1% do PIB os gastos sociais, na estrutura atual, redunda em 1,37% de crescimento do PIB. Ou seja, é o tipo de gasto que tem mais benefícios do que custo”, explica a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Joana Mostafa.

Segundo ela, a renda das famílias é responsável por cerca de 80% do PIB. “Dessa forma, aumentar em 1% do PIB o gasto social gera 1,85% de crescimento da renda das famílias”, disse a pesquisadora. “No caso da saúde, além de esses gastos representarem empregos, envolvem também a aquisição de aparatos tecnológicos, o que também contribui para a demanda nas indústrias”, acrescentou.

Mostafa explica que a pesquisa leva em consideração os reflexos desses gastos no PIB e na renda familiar. “Para cada 1% a mais investido em educação e saúde, há um efeito multiplicador que aumenta em 1,78% o PIB e em 1,56% a renda das famílias”.

No caso do Bolsa Família, o aumento de 1% do que ele representa para o PIB resultaria no aumento de 1,44% do PIB. Mas, nesse caso, o mais significativo está relacionado ao fato de que, ao receber e usar esse benefício, o cidadão acabar gerando renda para outras famílias. “Cada R$ 1 gasto com esse programa gera R$ 2,25 em rendas familiares”, afirma a responsável pelo estudo.

O mesmo não pode ser dito dos gastos com exportações de commodities agrícolas e extrativas. “Apesar de agregarmos ao PIB 40% de cada real investido nessa área, os efeitos para a renda familiar são pequenos e limitados a R$ 1,04 para cada R$ 1 gasto”.

Como utiliza dados referentes a 2006, o estudo não mensura os reflexos das ações recentes do governo em favor do setor da construção civil. “O que podemos dizer é que, em 2006, os gastos com construção civil pouco contribuíram para a redução das desigualdades sociais. Isso certamente terá um quadro diferenciado quando agregarmos dados de 2009 a uma nova pesquisa, porque certamente houve aumento do número de empregos formais”, justifica Abrahão.

O estudo considera como gastos públicos sociais os feitos em Previdência Social geral e pública, educação, saúde, assistência social, trabalho e renda, desenvolvimento agrário, saneamento básico, habitação e urbanismo – nos âmbitos federal, estadual e municipal.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ensino Fundamental Brasileiro

No ensino fundamental brasileiro, 23 em cada 100 estudantes estão atrasados

Carolina Vilaverde
Simone Harnik
Da Redação do Todos Pela Educação*

No ensino fundamental brasileiro, 23 a cada 100 estudantes estão atrasados nos estudos. No ensino médio, etapa final da educação násica, o cenário é ainda pior: 34 a cada 100 estudantes sofreram defasagem ao longo da vida escolar. Os dados foram fornecidos pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) ao movimento Todos Pela Educação, e se referem ao ano de 2009.

A distorção idade-série pode ocorrer quando a criança entra atrasada no sistema de ensino ou ainda quando abandona os estudos e retoma. Mas, segundo o professor da FE-USP (Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo) Ocimar Munhoz Alavarse, o atraso escolar pode ser explicado em boa medida pela reprovação.

“O único percentual aceitável para a distorção idade-série é 0%. O ideal seria que ninguém reprovasse. Todas as crianças deveriam estar oito ou nove anos no Ensino Fundamental”, afirma. “As altas taxas de reprovação e de repetência não estão produzindo os efeitos de aprendizagem esperados.”

Para a professora Inês de Almeida, da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília), o processo ensino-aprendizagem é complexo e não pode se resumir apenas à reprovação por notas.

“Ao longo do tempo que esse aluno está na escola, o professor tem oportunidade de conhecê-lo em sua dimensão de sujeito humano e, portanto, pode acompanhá-lo, sabendo de suas fragilidades pessoais, familiares, cognitivas e de domínio de conteúdos. O professor precisa estar atento para que dê a essa criança condições de chegar ao resultado final, mas para que o processo não seja determinado apenas por provinhas”, diz.

Desigualdades regionais

No Pará, o atraso escolar atinge 38 a cada 100 estudantes do ensino fundamental. Nos estados das regiões Norte e Nordeste o atraso escolar tem, em geral, se mostrado maior do que nas demais regiões.

Confira abaixo a taxa de distorção idade-série por Estado:

Região Norte - Distorção idade-série (em %)

1ª a 4ª série
1º ao 5º ano
5ª a 8ª série
6º ao 9º ano
Fundamental Médio
AC 26,9 26,4 26,7 33
AM 27 43,8 33,9 49,7
AP 23,6 27,8 25,3 41,9
PA 36,6 41,5 38,5 57,4
RO 18,7 31,5 24,6 29,9
RR 16,3 27 21 23,6
TO 17 28,1 22 33,2

Região Nordeste - Distorção idade-série (em %)

1ª a 4ª série
1º ao 5º ano
5ª a 8ª série
6º ao 9º ano
Fundamental Médio
AL 26 43,9 34,1 47,2
BA 31,4 42,9 36,4 47,9
CE 21 29,5 24,8 34
MA 25,1 35,6 29,4 45,5
PB 27,7 38,6 32,4 40,1
PE 23,9 37 30 48,4
PI 30,6 37,4 33,4 54,8
RN 22,5 37,8 29,3 43,6
SE 30,7 43 36 47,1

Região Centro-Oeste - Distorção idade-série (em %)

1ª a 4ª série
1º ao 5º ano
5ª a 8ª série
6º ao 9º ano
Fundamental Médio
DF 11,9 27,4 18,7 29,9
GO 16,3 28 21,8 34,6
MS 19,3 31,3 24,6 30,7
MT 15,4 27,3 20,9 37,3

Região Sudeste - Distorção idade-série (em %)

1ª a 4ª série
1º ao 5º ano
5ª a 8ª série
6º ao 9º ano
Fundamental Médio
ES 16,6 27,1 21,5 27,5
MG 13,1 28,5 20,2 31
RJ 22,3 35,6 28,4 45,9
SP 4,8 12,2 8,3 17,3

Região Sudeste - Distorção idade-série (em %)

1ª a 4ª série
1º ao 5º ano
5ª a 8ª série
6º ao 9º ano
Fundamental Médio
PR 8 23,2 15,4 25,5
RS 16 29 22,2 32
SC 10,6 19,4 15 16,7

* O “Todos Pela Educação” é um movimento financiado exclusivamente pela iniciativa privada e congrega sociedade civil organizada, educadores e gestores públicos. O objetivo é contribuir para que o Brasil garanta a todas as crianças e jovens o direito à educação básica de qualidade.

Fonte: UOL Educação.